Ação integra a Campanha
Brasileira do Laço Branco, que envolve homens no combate à violência contra
mulher
Nesta sexta-feira (12), o Instituto PAPAI e o Núcleo de Pesquisas Gema/UFPE
realizarão mais uma ação dentro da Campanha Brasileira do Laço Branco, desta
vez será um ato público no Mercado de Casa Amarela, Recife, com início previsto
para as 8 horas da manhã. A ação acontece na semana em que se comemorou o Dia
Mundial dos Direitos Humanos (10/12), instituído em 1950 pela ONU, em
referência ao aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
A
Campanha tem o objetivo geral de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens
no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, em consonância com as
ações dos movimentos organizados de mulheres e de outros movimentos que buscam
equidade e direitos humanos, por meio de ações em saúde, educação, trabalho,
ação social, justiça, segurança pública e direitos humanos.
No
ato, haverá um trio de forró para atrair a atenção dos feirantes, consumidores
e outros transeuntes, e serão distribuídos materiais alusivos à campanha,
incluindo fitinhas para punho, adesivos, cartazes a serem afixados nos
estabelecimentos locais e leques com informações sobre a Campanha.
De
acordo com Sirley Vieira (Instituto PAPAI), “este
é um momento propício para divulgação de mensagens sobre igualdade de direitos
entre homens e mulheres e também para enfatizar nossa rejeição a qualquer forma
de discriminação ou violência baseada em gênero”.
Também
dentro das ações da Campanha do Laço Branco, o Instituto Papai e Gema
desenvolveram um Plano de ação que envolve oficinas com adolescentes e jovens em
escolas, ações junto aos trabalhadores do Complexo Suape, ações comunitárias,
além de cursos de formação para profissionais que atuam na rede de
enfrentamento à violência contra a mulher, pesquisas e diversas outras ações de
comunicação.
O
slogan Violência contra a mulher é uma
violação dos direitos humanos faz alusão ao debate que, segundo Benedito
Medrado (Professor da UFPE e Coordenador do Gema/UFPE) é central para as atuais
discussões sobre violência contra a mulher, do ponto de vista da luta
feminista. Segundo ele, “o machismo e o
patriarcado se expressam nos valores e práticas dos sujeitos, mas também nas
práticas das instituições (da família, da escola, do trabalho etc.) e nos
símbolos culturais. Por isso, ao afirmarmos a violência contra as mulheres como
uma violação exigimos mudanças individuais, simbólicas e institucionais. E a
garantia efetiva dos direitos humanos requer vigilância contínua e participação
coletiva. É uma data para reivindicarmos ações concretas do Estado Brasileiro
para o cumprimento dos compromissos assumidos com a garantia dos direitos
civis, políticos, sociais e ambientais”.
A Campanha do Laço Branco é coordenada no Brasil por
um comitê formado por instituições de todo o país, sob a coordenação de: Instituto
PAPAI (PE); Núcleo Gema/UFPE; Instituto Promundo (RJ), Instituto NOOS (RJ), Ecos
e Coletivo Feminista (SP), Núcleo Margens/UFSC e Themis (RS).
Números - Estima-se
que a cada ano, aproximadamente 66 mil mulheres sejam assassinadas no mundo, e
a América Latina tem as mais elevadas taxas de homicídios contra mulheres do
mundo. Segundo levantamento do Instituto Sangari, com base em certidões de
óbito e da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil acumula mais de 90 mil
mortes de mulheres vítimas de agressão nos últimos 30 anos. Atualmente, o
Brasil aparece em 7º lugar no ranking dos países com mais mortes de mulheres
vítimas de agressão. De acordo com a pesquisa “Percepções sobre a Violência
Doméstica contra a Mulher no Brasil”, 6 em cada 10 brasileiros conhecem alguma
mulher que foi vítima de violência doméstica e, na maioria dos casos (80%), é o
parceiro (marido ou namorado) o responsável pelas agressões (Fonte: Portal
“Feminicidio.net”).
Sobre o 10 de dezembro - O
dia 10 de dezembro foi instituído em 1950 pela ONU como Dia Mundial dos
Direitos Humanos, em referência ao aniversário da assinatura da Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Com esse ato, mais do que celebrar, a ONU
visava destacar o longo caminho a ser percorrido na efetivação dos preceitos da
declaração.
O primeiro
artigo da Declaração Universal diz claramente: “Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”
Serviço:
Ato da
Campanha Brasileira
do Laço Branco
Mercado
de Casa Amarela, Zona Norte do Recife
Sexta (12),
às 8h
Aberto ao
público
Informações:
(81) 3271.4804/1420
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